quarta-feira, 21 de abril de 2010

Algumas lições que a vida ensinou sobre o tempo

Não se pode afirmar a sério que uma nuvem de repente, levou apenas chuva
no feriado de hoje 21 de abril, mas claramente...chove em toda cidade
A chuva..o tempo, a tempestade, os raios sempre nos convidam, refletir sobre a natureza e entretanto, a rever nossas ideias também sobre o tempo.
O tempo que faz,
e o tempo que é preciso fazer.
Para viver, para agir, para pensar.
Não são somente os ricos com seu aviões,
que com o mau tempo que estão presos no solo pelo tempo.
É na verdade o tempo que, ao suspender seu voo, nos força a refletir.
A primeira lição é a humildade.
Eis que estamos de volta a nosso lugar.
Nós somos o que somos.
Passageiros em uma Terra que só faz o que bem entende,
e à sua maneira nos priva de nossos sonhos de altitude.
Um acontecimento com a chuva, trovões é um acontecimento tem tudo
para inspirar filósofos e poetas.
Outro caso é dos Vulcão na Europa,
o planeta acaba de nos oferecer um grande
freio saído das entranhas da Terra
e propagado até a estratosfera.
Há dias a humanidade dança sobre um vulcão,
dança em câmera lenta.
Parte da humanidade, somente:
há milhões de pessoas para quem as férias,
e sobretudo as viagens de avião,
continuam sendo tão improváveis quanto o despertar do Eyjafjöll
sob a geleira Eyjafjallajökull, na Islândia, país pouco conhecido.
Passada a surpresa – o que faz um vulcão sob uma geleira?
O que faz o calor sob a proteção do frio?
A natureza tem ideias esquisitas de coabitação,
medimos quem é o mais forte.
Não do modo trágico dos tsunamis da Ásia
ou dos terremotos do Haiti,
que matam dezenas de milhares e devastam paisagens.
Nem do modo cômico, pois sabemos que viajantes
e empresas não veem graça nenhuma
nesse contratempo custoso e infeliz.
“O homem não está condenado a encontrar somente a si próprio:
não é necessariamente uma má notícia”.
Agora teremos em nós um pouco da Islândia,
e cada um de nós se sentirá atingido pelo famoso
“efeito borboleta” descrito nos tratados de globalização.
Uma outra lição tem a ver com o uso do tempo.
Lentidão ou rapidez? É a vez da segunda.
Tudo anda mais rápido, a informação,
a vida profissional, o lazer, a leitura.
Ninguém mais pensa em tirar um tempo,
tirar seu tempo, despertar sua “tartaruga interna”.
Qualquer ação moderna parece desprovida de tempo.
A vida na sociedade é feita com aceleração,
nas esferas política, econômica e até pessoal
e somos dominadas por essa ditadura da urgência,
que nos faz reagir
e não agir, nos agitar quando seria preciso pousar,
se não repousar.
É um ensinamento para todos
O que se faz contra o tempo, o tempo esquecerá.
Mil precipitações jamais fazem numa lentidão.
adaptado do "Le Monde"

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